Plantas Têxteis

segunda-feira, 29 de abril de 2013


Plantas para fazer corda, balaios, pratos etc


Quando se está na natureza, seja em um ambiente montanhoso, árido ou de mata fechada, uma das ferramentas mais úteis para qualquer tipo de situação é uma corda, pois sua utilidade é imprescindível para muitas ocasiões como montar um abrigo, descer terrenos ingrimes, pescar, fazer uma jangada, deixar o alimento suspenso, preparar armadilhas etc.

Se estiver em um ambiente hostil e sem uma corda, as plantas podem oferecer a fibra vegetal ideal para construir a sua própria corda ou até mesmo tecê-la.

Procure por plantas fibrosas, as fibras podem ser obtidas pelas folhas, caule e até mesmo frutos.

De acordo com Hendges (2010) "as fibras vegetais são tecidos estruturais das plantas, formadas principalmente por lignina, um polissacarídeo presente em aproximadamente 25% da matéria dos vegetais. O tecido vegetal esclerênquima é formado por dois tipos de células: os esclereídes, ou células curtas, e as fibras esclerenquimáticas, células alongadas, resistentes e flexíveis que são o principal componente das fibras vegetais. “O esclerênquima é composto de células mortas, alongadas e dotadas de paredes grossas e resistentes, devido à presença de uma substância chamada lignina. A célula esclerenquimática (ou fibra esclerenquimática) pode atingir mais de 1 milímetro de comprimento” (AMABIS, MARTHO, 1997, p.276). Estas características do esclerênquima vegetal possibilitam sua utilização em atividades em que são necessários tecidos fortes e flexíveis".

Como identificar plantas fibrosas?

As plantas fibrosas são muito resistentes a tensão e suas fibras podem variar entre o caule, folhas e frutos. Para identificar se a planta é fibrosa é preciso seguir as seguintes dicas:

Folhas: para utilizar folhas como corda, procure encontrar plantas que tenham as folhas compridas e finas, pois em sua maioria possuem esse aspecto, como o formato de folhas de coqueiros, cana-de-açúcar ou capim cidreira por exemplo. Normalmente folhas assim são fibrosas e uma forma de identificar isso é pela textura da folha, ao tencionar (puxar) uma folha fibrosa perceberá que ela possui pequenos filamentos parecidos com "pelos" e sentirá que ela tem um fio de corte e é altamente resistente para se quebrar (tente puxar uma folha de coqueiro ou um pedaço de grama segurando de uma extremidade a outra e verá a resistência que possui), com base nisso um conjunto de folhas poderá formar uma corda muito resistente, a melhor maneira de fazer a corda é tecendo ela (fazer tranças).

Caule: o caule segue basicamente o mesmo conceito, porém terá que cortá-lo em tiras finas como se fossem as folhas de um coqueiro. O caule ao ser cortado, as fibras ficam altamente visíveis, pois parecem fiapos de corda e ficam entrelaçados entre si, um bom exemplo de caule fibroso é a bananeira.

Frutos: os frutos também possuem fibras, porém são mais trabalhosas para serem trabalhadas e constituir uma corda, mas são fibras de excelente qualidade. O coco é um exemplo clássico de fruta fibrosa, sua casca possui uma fibra tão resistente que é preciso muito esforço para quebra-la e é uma fibra utilizada comercialmente, observe isso ao tentar descascar um coco para chegar a sua castanha por exemplo, outras frutas também possuem fibras resistentes como a manga. As principais características de frutas fibrosas é que assim como o caule elas possuem fiapos ao tentar tirar sua casca e normalmente oferecem um esforço considerável para fazer isso.

Exemplos de folhas fibrosas

Palmeiras em geral

Caroá (planta típica do nordeste brasileiro)

Cana-de-açúcar

Milho (a folha do milho e da espiga possuem uma ótima fibra)



Exemplos de caules fibrosos

Caule da bananeira

Cipós em geral


Bambú em geral


Exemplos de frutas e sementes fibrosas

Coco

Algodão


By Jhaimilson


Fonte: Wikipedia e Cadeia produtiva das fibras vegetais do Estado do Amazonas (Governo do Estado)






Daniel Guarnieri

Fala galera !!!!!! Meu nome é Daniel Guarnieri, sou um amante da arte da sobrevivência e Bushcraft, nasci na cidade de Americana interior de São Paulo. Dês de criança me aventuro em áreas de mata, sempre gostei de estar em contato com animais, plantas, e pesca. Carrego um bom conhecimento em plantas medicinais, aprendi muito com minha família que trás isso de geração em geração. Conheci o nome Bushcraft há pouco tempo, mas antes já usava algumas técnicas primitivas e tinha curiosidade em saber como os nossos antepassados viviam. Gosto de praticar Bushcraft, mas sou mais adepto da sobrevivência. Agora estou entrando em outra área que sempre fui fascinado, que é a área da CUTELARIA, uma arte muito antiga e apaixonante, vou contar para vocês como me sinto quando estou forjando uma faca. Adoro pegar aquele aço bruto sem forma de uma lamina, colocar na forja e ver ele ficando vermelho, após isso levo ele na bigorna e começo a bater nele dando forma, após muitos processos de esquentar e bater nele, vejo que já esta dando a forma de uma lamina, depois de tudo que é necessário fazer para se obter uma lamina, faço todo o acabamento para que ela fique perfeita do jeito que eu imaginei, coloco a faca pronta encima da minha bigorna junto a barra que usei para fazer ela, e fico olhando contemplando minha criação, e penso depois de tantas marretadas, aquecimentos na forja, você ficou da forma que eu queria, e penso mais uma vez, serra que é a sim com a gente, DEUS nos ponha na forja, nos aqueci a vida vem bate bate na até da a forma que DEUS imaginou para nós. É mas as vezes tem uns aços ai que não dão certo mesmo a vida batendo aquecendo ele não da forma e acaba no ferro velho da VIDA. E é isso ai pessoal quem quiser saber mais sobre minha pessoa não tenha vergonha de perguntar. Abraço a todos.

Edney Santos

Bom dia galera... A minha incursão nas técnicas de sobrevivência e no Bushcarft vem desde a infância, acredito que como todos nos. Quando adolescente sempre fui pescar com meu pai, mas no fundo o que me atraia não era a pesca em si, mas a mata, poder colocar a faca na cintura e se embrenhar na mata. Conforme o tempo foi passando o interesse foi aumentando. O grande empurrão veio aos 18 anos, no alistamento militar... Sempre pratiquei esporte outdoor (alpinismo, trekking, paintball) e sempre foi este contato com a natureza que me atraiu. Desde que decidi entrar de cabeça nessa, há uns 3 anos, sempre dei ênfase as técnicas militares e isso é algo que eu preservo até hoje. Estou sempre, na medida do possível, lendo sobre o assunto, conversando com os profissionais militares e praticando sempre.

Vinicius Campanhol

Em construção